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OCDE: Eurozona e EUA devem evitar excesso de austeridade |
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27/11/2012 -
Fonte: Isto é Dinheiro |
Os Estados Unidos e a Eurozona devem evitar a austeridade em excesso nos próximos meses para evitar que a economia mundial, em situação frágil, caia em recessão, adverte a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). |
´Após cinco anos de crise, a economia mundial se debilita de novo´, constata a OCDE, que tem sede em Paris, no relatório ´Perspectivas Econômicas Mundiais´. No informe semestral, a OCDE revisa para baixo as previsões de crescimento na maioria das grandes economias. A economia dos Estados Unidos continuará crescendo menos que nas previsões anteriores da OCDE, de maio. O PIB americano crescerá este ano 2,2%, 2% em 2013 e 2,8% em 2014. Mas a situação é particularmente grave na Eurozona, cuja crise continua como a ´principal ameaça para a economia mundial´. Apesar dos recentes avanços no campo político, o contexto permanece ´precário´ e ´não é difícil imaginar que a situação possa degenerar´, o que arrastaria o mundo para a recessão. A recessão na união monetária será maior do que o esperado em 2012, com um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4% este ano e de 0,1% em 2013. A recuperação deve acontecer apenas em 2014, quando a previsão é de crescimento de 1,3%. Segundo o clube dos países ricos, o ´fator chave´ da perspectiva é uma ´queda significativa da confiança´, com o fundo de redução dos déficits, a desaceleração nos países emergentes e um desemprego alto, que na zona do euro alcançará a taxa recorde de 12% da população ativa em 2014. O economista chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, pede que se evite qualquer ´saneamento excessivo das finanças públicas a curto prazo´ dos dois lados do Atlântico. ´Se não evitarmos o muro fiscal, um impacto negativo considerável poderia levar os Estados Unidos e a economia mundial à recessão´, alerta. Republicanos e democratas devem alcançar um acordo até o fim do ano para reduzir o déficit a médio prazo, algo que seja ´mais comedido´ que os cortes e os aumentos de impostos drásticos que, sem uma solução, entrariam automaticamente em vigor em 2013. Na Eurozona, o ajuste do objetivo orçamentário estrutural ´deveria se ater às metas atuais´ e os estabilizadores automáticos (como as prestações sociais) deveriam poder ´atuar livremente´, adverte. Isto significa que os governos não deveriam adotar novas medidas de austeridade se o crescimento esperado não for alcançado ou no caso de não cumprimento das metas de redução de déficit público. Segundo a OCDE, ´para evitar a perda de credibilidade que afetaria os países que atuam por sua conta, uma política assim deveria ser definida e anunciada de maneira coordenada´ a nível europeu. Em outras palavras, a Comissão Europeia deveria flexibilizar os requisitos e informar que não punirá os Estados que não cumprirem os objetivos no próximo ano. Caso a situação se agrave, os governos deveriam ´desacelerar os ajustes fiscais´. Estados virtuosos como Alemanha devem adotar ´medidas temporárias de reativação´. Mas a Eurozona também deve acelerar a estratégia para sair da crise, em particular com a aplicação de uma verdadeira união bancária. Assim, a OCDE lamenta que a ´crise tenha prolongado de maneira excessiva pela demora e insuficiência das intervenções públicas´. |
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